sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sobre o texto " A rede: uma figura empírica da ontologia do presente"

Olá a todos!

Como aparentemente não há aqui nenhum resumo ou comentário sobre o texto “A rede: uma figura empírica da ontologia do presente”, postarei aqui algumas anotações feitas em sala e a partir da leitura do texto.

A rede se baseia nas suas conexões. Ela não tem limites, não se preocupa com seus membros e pode aumentar ou diminuir sua extensão a qualquer momento sem perder suas características. Quem a define são os nós, os pontos de convergência que ela apresenta. A rede é, portanto, um sistema aberto.
Esse conceito de rede atual, segundo Kastrup, chama atenção para um conceito um pouco anterior, criado por Deleuze e Guattari de rizoma. Para esse dois autores um rizoma possui 6 princípios básicos resumidos a seguir:
princípio de conexão – qualquer ponto de um rizoma pode se ligar a outro sem que se siga uma ordem hierárquica.
princípio da heterogeneidade – um rizoma pode combinar elementos de áreas diferentes (biologia, política, economia, etc).
princípio de multiplicidade – o rizoma pode ter suas conexões multiplicadas sem precisar influencia externa.
princípio da ruptura a - significante – se uma parte do rizoma for quebrada não haverá interferência no seu funcionamento.
princípio da cartografia – a imagem do rizoma é como a de um mapa que é aberto, modificável.
princípio da decalcomania – existem influencias internas e externas, chamados de pontos de estruturação, que podem se sobrepor ao desenho do rizoma. O autor alerta para o fato de que primeiro deve se visualizar o mapa (rizoma) para depois o decalque (pontos de estruturação).
A rede é, então, uma versão empírica e atual do rizoma.

Eternidade, história e tempo heterogêneo.
Uma das discussões presentes no texto parte da idéia de que a rede diminuiu a distancia entre o tempo natural e o social, trazendo uma idéia filosófica de continuidade.
Se durante muito tempo foi realizada a divisão estanque entre presente, passado e futuro, o que se põe em discussão agora é a coexistência de camadas de tempo. Assim o presente carrega o passado de forma virtual e aponta para o futuro imprevisível. As camadas de tempo não são mais perdidas ou ultrapassadas, elas estão agora reunidas “nas formas cognitivas da atualidade”.

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