Fonte: Colin Barras - NewScientist
Mundo virtual tipo Matrix pode se realizar em poucos anos. Pelo menos esta é a opinião de Michael McGuigan, do Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos. Segundo ele, os supercomputadores estão se aproximando de adquirir capacidades que os permitirão criar realidades virtuais 'à la Matrix'.
Segundo ele, mundos virtuais que poderão ser confundidos com o mundo real estão há apenas alguns anos de se realizarem.
Teste de Turing Gráfico
Os adeptos da realidade virtual criaram uma variante desse teste, o agora chamado Teste de Turing Gráfico - um júri humano interagindo com um mundo virtual deverá ser incapaz de distinguí-lo da realidade.
"Nós queremos dizer com interação, que você poderá controlar um objeto - girá-lo, por exemplo - e ele será criado de forma automática em tempo real," explica McGuigan.
Mundo virtual em tempo real
Essa 'criação de forma automática', mais conhecida como renderização, e em tempo real, é o grande desafio. Os computadores atuais já conseguem produzir cenas realísticas, mas elas consomem horas de processamento e jamais poderiam se aproximar de uma interação em tempo real.
Segundo McGuigan, a chave para se passar pelo Teste de Turing Gráfico é juntar o fotorrealismo que já existe com um programa capaz de renderizar imagens com uma taxa de atualização de 30 quadros por segundo.
Supercomputadores 10 vezes mais rápidos
Ele descobriu com um programa tradicional de renderização roda 822 vezes mais rápido no Blue Gene do que em um computador pessoal, sem qualquer otimização do software que pudesse tirar proveito do processamento paralelo.
Isso ainda é insuficiente para se candidatar ao Teste de Turing Gráfico, mas deu ao pesquisador uma idéia do poder de processamento que será necessário para a renderização dos mundos virtuais em tempo real: acima de um petaflop, o que equivale a 1.000 teraflops. Ou seja, só teríamos que esperar até que os supercomputadores sejam 10 mais poderosos do que são hoje.
Um comentário:
“Vamos fugir, desse lugar baby, oh vamos fugir...”
Com certeza nosso mundo vive bastante ameaçado, e essa incerteza sobre nosso futuro cria margem para a imaginação e os sonhos de um novo mundo, um novo local.
A realidade virtual vem preencher um setor cujo entretenimento e o laser são os principais consumidores, contudo a saúde (com as cirurgias à distância e outras tarefas), as atividades profissionais (no mundo globalizado onde o outro lado do mundo é aqui enfrente) são a prova que a realidade virtual não é apenas uma brincadeira.
A potencialização dos computadores e o aumento do grau de realidade numa exposição de vídeo abrirão o caminho para outras possibilidades em relação sua utilização.
Fugir da realidade e se abrigar em um mundo lúdico, são críticas já sofridas por outros injustiçados (jogos eletrônicos e RPG, só para citar alguns exemplos) e não cabe a uma inovação tecnológica pagar o preço de nosso descaso com o nosso próprio mundo.
Apenas um comentário sobre a crítica feita a esse projeto, com base no titulo da divulgação.
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